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O Dr. Haroldo Dutra Dias, Juiz de Direito, disserta aqui sobre A Religião da Nova Era.

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O Dr. Haroldo D. Dias fala-nos dos Obectivos da Vida:

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O Dr. Haroldo Dutra Dias fala-nos das parábolas do Senhor Jesus

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O Dr. Haroldo Dutra Dias expõe-nos a Justiça e a Misericórdia de DEUS

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O Dr. Haroldo Dutra Dias vem falar-nos da interpretação Evangélica e Filosófica do Espiritismo, por Emmanuel.

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Marta e Maria, pelo Dr. Haroldo Dutra Dias:

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José e Maria, pelo Dr. Haroldo Dutra Dias:

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A importância das Obras de Chico Xavier, pelo Dr. Haroldo Dutra Dias:

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Jesus e o EvangelhoO Terapeuta e a Terapêutica, pelo Dr. Haroldo Dutra Dias:

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Portal do Espírito

A sua referência sobre Doutrina Espírita na Internet

A Região do Umbral

Gilberto Schoereder

As histórias que chegam até nós a respeito do Umbral mostram um local de sofrimento como dificilmente podemos imaginar. Para falar mais sobre o assunto e esclarecer alguns pontos, conversamos com o médium e escritor Alceu Costa Filho, que vem publicando seus livros pela Petit Editora.

Natural de Bicas, Minas Gerais, o médium Alceu Costa Filho não apenas tem psicografado vários livros, mas também é capaz de realizar efeitos mediúnicos de natureza física, entre eles a materialização de espíritos. Foi por orientação de seus mentores espirituais que passou a dedicar-se com exclusividade ao seu lado intelectual.

A mediunidade já foi percebida na adolescência e, segundo ele explica, não lhe faltou apoio da família. Foi nessa época que Alceu viajou com um amigo até Pedro Leopoldo, com o objectivo de conhecer Chico Xavier. Também teve a oportunidade de entrar em contacto com José Pedro de Freitas, mais conhecido como Zé Arigó, que já chegou a ser conhecido como o médium de cura mais famoso do Brasil. Incorporando o Dr. Fritz, Arigó dirigiu-se a Alceu, incentivando-o a prosseguir no seu caminho espiritual e dizendo-lhe para estudar. Os estudos e o trabalho espiritual resultaram, en 1983, na fundação do Cenáculo Espírita Fraternidade, em Belo Horizonte.

Alceu diz que os espíritos preparam-no para o trabalho de psicografia. “Sempre trabalhei com a psicofonia, emprestando a minha voz aos espíritos, e recebendo, pela vidência e audiência, instruções e orientações, das quais sempre me considerei apenas e tão-somente um simples mensageiro”. A tarefa da psicografia é, hoy, o seu objectivo fundamental. Já foi médium de efeitos físicos, actividade permitida, segundo explica, pelas entidades misericordiosas. Mas a mesma espiritualidade orientou-o no sentido de se afastar dessa linha de actuação, concentrando-se na obra literária. “Eu sou aposentado”, explica ele, “e disponho, por lo que, de tempo para me dedicar a esta tarefa, que realizo com muito carinho e respeito pelos espíritos, todos os dias, a partir das seis e quinze da manhã”.

Ele diz que, no início, recebeu muitas mensagens, procurando orientação nas pessoas que sempre considerou médiuns exemplares. Sin embargo, foi a própria espiritualidade que se encarregou de o motivar e amparar. “Eu vejo e ouço os amigos do outro lado, e não posso deixar de registar a minha gratidão pelas lições de vida que deles recebi. Os espíritos Filipe, Xisto Vinheiros, Cornélio Pires e Nina Arueira são aqueles aos quais sirvo de intermediário, no momento”.

O médium mineiro participou activamente do movimento espírita mineiro e, hoy en día, realiza o seu trabalho de mediunidade no grupo que ajudou a fundar, realizando também tarefas de assistência social.

Várias linhas espirituais falam sobre um lugar de trevas, para onde criaturas que desencarnam em situação de muita dor, ódio, suicídio, etc. acabam indo. Como e quando surgiu a palavra Umbral no espiritismo?

Amplamente usada por André Luiz através da psicografia de Chico Xavier, faz hoje parte da linguagem espírita para definir zonas de dor e sofrimento. Definida nos dicionários (Aurélio) como: “Limiar da Entrada”, este sempre existiu como consequência natural da mente humana. Na obra Nosso Lar encontramos, nas palavras de Lísias: “O Umbral começa na crosta terrestre. É a zona obscura de quantos no mundo não se resolveram atravessar as portas dos deveres sagrados a fim de os cumprir, demorando-se no vale da indecisão ou no pântano de erros numerosos”.

Em regra, quanto tempo pode uma alma passar no Umbral? Em que circunstâncias a alma pode ser resgatada e ir para uma dimensão mais elevada?

  1. El) O tempo que sua consciência determinar.
  2. B) A partir do seu despertar para as verdades eternas. Um espelho sujo não pode reflectir a luz.

O Umbral também possui vários planos de existência?

No Livro dos Espíritos, as questões 101 un 106 e seguintes, tratam bem do assunto, explicando-nos as diferentes categorias de espíritos. Por lo tanto, os agrupamentos são determinados pelas afinidades vibratórias formando núcleos pela concentração de tendências e desejos gerais. Compreendemos que cada criatura vive daquilo que cultiva em qualquer dos planos da vida.

No livro Memórias de um Suicida temos um relato no mínimo tétrico dessa região e dos espíritos que ali habitam. Alguns videntes dizem que quem ali se encontra não consegue enxergar, muchas veces, espíritos consoladores, de tão densos que são os seus corpos etéricos. O senhor poderia falar-nos um pouco sobre isso?

Allan Kardec, no Livro dos Espíritos, capítulo Ensino Teórico das Sensações dos Espíritos, questão 257, cita: “Não possuindo órgãos sensitivos, eles podem, livremente, tornar activas ou nulas as suas percepções”. Uma só coisa são obrigados a ouvir: os conselhos dos Espíritos bons. A vista, essa é sempre activa; mas eles podem fazer-se invisíveis uns aos outros. Conforme a categoria que ocupem podem ocultar-se dos que lhes são inferiores, porém não dos que lhes são superiores.

Muitos dizem que o Umbral é o pensamento global dos sofredores plasmado no éter próximo à crosta da Terra. Isso é verdade?

Manoel Philomeno de Miranda, através da mediunidade de Divaldo, em ‘Nas Fronteiras da Loucura’, assim o descreve: “Composta de elementos que me escapavam, eram e são, Sin embargo, vitalizadas pelas sucessivas ondas mentais dos habitantes do planeta, que de alguma forma lhe sofrem a condensação perniciosa”.

Existem espíritos além de qualquer possibilidade de resgate? É possível um espírito, de tão maligno, ter a sua centelha divina extinta para sempre ou então reencarnar no corpo de um animal?

Seria negar a justiça divina. Todos nós, por momentos ou séculos, atravessamos estas regiões. Todos fomos criados com o objectivo de evolução, e sermos condenados a penas eternas ou retroagirmos por castigo, é negar os princípios de amor e perdão pregados pelo Cristo. Na questão 194 do Livro dos Espíritos encontramos: “A alma não pode regredir, afirmar o contrário seria negar a lei de progresso.”

Como se dá a reencarnação de espíritos que não conseguem sair do Umbral?

A questão 330 do Livro dos Espíritos responde-nos: “A reencarnação é então uma necessidade, assim como a morte é uma necessidade da vida corporal”. Ainda no Livro dos Espíritos, questão 1006, encontramos o ensinamento de São Luís de que “ninguém é totalmente mau”. E em João, cap. 1 un 12: “Em verdade vos digo, ninguém poderá ver o reino de Deus se não nascer de novo”. Cedo ou tarde todos despertamos para a luz. Deus oferece a todos, oportunidades iguais, facultando a cada um o que melhor lhe aprouver, enquanto assim o deseja, dentro do céu ou do inferno que construiu para si. Somos escravos das nossas culpas, mas também construtores do nosso amanhã.

Qual dos seus livros trata mais de perto da existência do Umbral?

À Sombra da Luz.

Existe uma hierarquia entre os habitantes desse plano?

Sí, dentro das conquistas de cada um, em conformidade com os ideais que alimentam.

Qual é o elo de ligação entre essas entidades?

Através da psicografia de Chico Xavier, em Acção e Reacção, André Luiz relata-nos, no capítulo 19: “…situado entre dolorosa região de sombra cultivada pelas mentes, em geral, rebelde e ociosa, desvairada e enfermiça.” No Nosso Lar, capítulo 12: “Lá vivem e agrupam-se os revoltados de toda a espécie, formam igualmente, núcleos invisíveis de notável poder, pela concentração de afinidades comuns.”

É verdadeira a informação de que o plano umbralino envolve o nosso planeta, num verdadeiro “cinturão” vibratório?

Na nossa busca pelo Saber, encontramos a palavra esclarecedora de Manoel Philomeno de Miranda, na sua obra ‘Nas Fronteiras da Loucura’, psicografado por Divaldo. No capítulo 19 lemos: “…percebi haver em torno da Terra, faixas vibratórias concêntricas, que a envolviam, desde as mais condensadas, próximas à esfera física, até às mais subtis, distanciadas do movimento humano da crosta”.

É possível mencionar algumas das fraternidades que se dedicam a amparar e a resgatar os espíritos que, encontrando-se no Umbral, se arrependem de seus erros, rogando a misericórdia de Deus?

Os nossos amigos espirituais orientam-nos que esses postos de socorro, núcleos de atendimento e apoio, são criados e sustentados por aqueles voltados ao bem que já de há muito dispõem de condições para trabalho em esferas mais elevadas, no entanto preferem servir na prática do amor onde a dor é mais aguda. Note-se que nos referimos às equipes existentes no plano espiritual. Como são inúmeras e evitando incorrer em erro, pois que por esquecimento e por as desconhecermos, omitiríamos naturalmente muitas, preferimos não citar aquelas que são do nosso conhecimento.

É recomendável vibrar ou fazer preces pelos espíritos que se encontram no Umbral?

Jesus afirma-nos através de Mateus, no capítulo 9, vers. 10 un 12 do Evangelho Segundo o Espiritismo: “Não são os que gozam de saúde que precisam de médico”. Veja-se ainda, no capítulo 27, questão 18 (prece pelos mortos e espíritos sofredores): “… a prece tem sobre eles uma acção mais directa, reanima-os, incute-lhes o desejo de se elevarem pelo arrependimento e pela reparação…”. Como espíritas, compreendemos ser a prece uma sublime oportunidade de praticar a caridade.

Os espíritos em condição mais elevada transitam – se assim o desejarem – pelas regiões umbralinas?

Na obra Acção e Reacção, de André Luiz, encontramos no capítulo 15 a descrição de uma dessas muitas incursões feitas por aqueles que aí vão na prática do serviço fraterno em nome de Jesus, o que nos faz compreender que em parte alguma é escasso o amparo do Mais Alto.

Aqueles que lá se encontram conseguem influenciar os encarnados? Descreva, si es posible, como acontece essa influenciação.

Manoel Philomeno de Miranda descreve, através da psicografia de Divaldo, em Nas Fronteiras da Loucura: “Em muitos desses sítios programam-se atentados sórdidos contra os homens e elaboram-se actividades que objectivam a extinção do bem, assim como a instalação do primado da força bruta no mundo. Pelo processo de sintonia, desencarnados imantam-se àqueles que lhe são afins, conjugando sempre os valores morais que os caracteriza”.

Os encarnados – em sonhos ou em desdobramentos – conseguem penetrar nessas regiões sofredoras?

Buscamos no Livro dos Espíritos, capítulo 8, a questão 402, que ilustramos a seguir: “… os espíritos dedicados ao bem, ao libertarem-se da vestimenta carnal vão reunir-se a outros espíritos com os quais se instruem e trabalham. No obstante, a massa de homens vai para regiões ou mundos inferiores onde velhas afeições os evocam”.

O Vale dos Suicidas – citado por muitos espíritas – existe realmente?

Acreditamos que sim, pois a sintonia atrai as vibrações similares que aproximam e vinculam as almas. Vive-se, por lo que, em comunhão constante com aqueles aos quais nos afinamos psiquicamente.

Existem trabalhos de desobsessão no Cenáculo Espírita Fraternidade para auxiliar os espíritos que se encontram nas regiões umbralinas?

As reuniões de ajuda e esclarecimento a irmãos sofredores fazem parte da rotina de actividades da nossa casa. As de desobsessão são realizadas atendendo às orientações dos nossos mentores, quando as julgam necessárias e se estivermos aptos para tal.

O Umbral corresponderia ao Hades grego ou ao purgatório da Igreja Católica?

A descrição dos nossos mentores e irmãos espirituais, nas muitas obras que tratam do assunto, levam-nos a crer que sim. Citaremos, para referência, as obras de André Luiz, a través de la psicografía de Chico Xavier, e ilustraremos com as palavras de Manoel Philomeno de Miranda através de Divaldo, em Nas Fronteiras da Loucura: “… colónias específicas por sua maldade construídas, nas quais fazem supor tratar-se de purgatórios e infernos governados por verdadeiros génios do mal…”.

Fale sobre o seu último livro, que está a ser lançado pela Petit Editora.

Filipe relata-nos com detalhes a formação de um posto de socorro junto às sombras, descrevendo com riqueza de detalhes essas regiões de dor e sofrimento, quando nos é dada ainda a oportunidade de conhecer um de seus líderes, à frente de inúmeros seguidores. Todo o relato feito por este nosso irmão passa-se nessas regiões de dor e sofrimento.

Finalize, Alceu, com uma mensagem para os leitores da revista Espiritismo & Ciência.

Se nos fosse possível conhecer a extensão do nosso hoje, certamente saberíamos melhor aproveitar as oportunidades que nos são ofertadas por Deus. O Consolador prometido por Jesus veio em tempo certo, encontrando muitos já prontos para assimilar os seus princípios, enquanto outros, ainda à margem da estrada, insistem em manter-se ausentes dos compromissos que lhes cabem na sua oportunidade de evolução. Outros ainda, ao aproximarem-se da doutrina consoladora, fazem-no moldando-a ao seu critério, esquecendo-se de que esta é a única que pode encarar a razão face a face, em qualquer época da humanidade. Por lo tanto, como espíritas, cumpre-nos o dever de execução das palavras de Jesus, que nos determina “Amar a Deus sobre todas a coisas e ao próximo como a nós mesmos”, e o Espírito de Verdade fornece-nos o direccionamento que é a luz, o caminho correcto para nos beneficiarmos da oportunidade de sermos espíritas cristãos. “Espíritas, amai-vos, espíritas, instrui-vos”; estes princípios são imprescindíveis a qualquer acção que nos leve à conquista da nossa evolução. Tornemo-nos, por lo que, a ponte entre a dor e a esperança, a sombra e a luz do esclarecimento, o pão e a fome, o ódio e o amor, encurtando as distâncias entre nós e Jesus.

Livros de Alceu Costa Filho:

Nas Margens do Grande Rio, O Diário de Sofia, Ao Entardecer de uma Existência, Do Amor Nasce o Perdão, Entre Amigos, À Sombra da Luz,

Petit Editora: (11) 6684-6000

www.petit.com.br

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Fuente: http://www.espirito.org.br/portal/publicacoes/esp-ciencia/003/umbral.html

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Revisto por Álvaro de Jesus – O CAMINHO-Novo Templo do Senhor

Sitio web: http://caminhonovotemplo.com

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